Para entender o que é algoritmo, precisamos contextualizar. O mundo está cada vez mais digital e toda transformação que já vivenciamos ainda é pouco, muito pouco, pelo que ainda vem por aí.
Não há como negar, fugir completamente dos algoritmos é praticamente impossível, pois eles estão profundamente integrados em quase todos os aspectos da tecnologia que estão enredados em nosso dia a dia.
Afinal, o que são é algoritmo?
De uma forma simplificada, é possível entender algoritmos como uma sequência de programação com uma ou mais intenções de funcionamento para uma rede social, aplicativo ou qualquer ambiente usado via internet. Ou seja, está ostensivamente presente no nosso cotidiano.
Então, os algoritmos movem as redes sociais, mas também as ferramentas de busca, anúncios, serviços de streaming. Inclusive decisões de crédito, contratações e até mesmo nossa visão sobre o mundo passa por ele.
Desta forma, muito se discute como fazer o melhor uso dessa ferramenta capaz de invadir todos os dados dos usuários, mesmo sem sua permissão.
Por isso, muita gente sente medo e até repulsa de usar as redes sociais, por exemplo. Acontece que elas, como vimos, são apenas uma pontinha de toda a enorme rede de algoritmos.
Assim, algumas pessoas tentam minimizar sua exposição a eles usando ferramentas de privacidade. Um exemplo são os VPNs, navegadores que prometem mais privacidade ou bloqueadores de rastreadores de cookies, uma espécie de “etiqueta” que marca o percurso do usuário na internet.
Ainda assim, com todas essas medidas, precisamos admitir que é difícil estar completamente “fora do radar” dos algoritmos.
Os cinco medos das pessoas sobre os algoritmos
Listamos aqui os cinco principais medos das pessoas em relação aos algoritmos:
1. Privacidade
Muitas pessoas se preocupam com a quantidade de dados pessoais que os algoritmos coletam e como esses dados são usados ou compartilhados. A ideia de que grandes empresas e governos podem ter acesso a informações detalhadas sobre a vida das pessoas assusta muitos.
2. Manipulação
Há um medo crescente de que os algoritmos, especialmente em redes sociais e plataformas de mídia, possam manipular a opinião pública, direcionando conteúdos e anúncios personalizados que reforçam crenças existentes ou influenciam decisões políticas e sociais.
3. Desigualdade
Algumas pessoas temem que os algoritmos possam perpetuar ou até aumentar as desigualdades. Por exemplo, algoritmos usados em contratações ou concessão de empréstimos podem discriminar certos grupos, mesmo que de forma não intencional, se forem treinados com dados tendenciosos.
4. Desinformação
Algoritmos que priorizam o engajamento podem amplificar a desinformação, já que conteúdos sensacionalistas ou controversos tendem a gerar mais cliques e interações, ou seja, engajamento.
5. Falta de transparência
Muitas vezes, os algoritmos funcionam como “caixas pretas”, onde é difícil entender como as decisões são tomadas. Isso pode gerar desconfiança, especialmente quando os algoritmos são usados para tomar decisões importantes, como a priorização de currículos em um processo seletivo.
Essas preocupações mostram como a dependência de algoritmos está moldando a sociedade e levantando questões éticas importantes sobre controle, autonomia e justiça.
O peso dos algoritmos na sociedade atual
Já está claro que os algoritmos moldam o que vemos nas redes sociais, influenciam as decisões que tomamos ao comprar produtos online e até afetam nossas interações cotidianas.
Desde o início da era da internet, os algoritmos deixaram de ser uma simples ferramenta matemática para se tornarem os principais mediadores do conteúdo digital. Mas como essas ferramentas afetam nossa vida pessoal e profissional? E por que é essencial compreendê-las, especialmente para aqueles que não são nativos digitais?
A influência dos algoritmos na nossa vida
Hoje, praticamente tudo o que fazemos online é guiado por algoritmos. Quando navegamos pelas redes sociais, como Facebook, Instagram ou LinkedIn, são essas ferramentas que definem o que aparece em nosso feed. Elas determinam o que é relevante para nós com base em comportamentos passados, interesses e interações. No entanto, esse controle algorítmico levanta questões sobre o quanto temos consciência do que vemos, ou seja, do que nos mostram.
A personalização constante pode criar bolhas informativas, onde as pessoas recebem apenas conteúdos que reforçam suas visões de mundo, deixando pouco espaço para a diversidade de opiniões.
O desafio dos nativos não digitais
Embora a geração mais jovem tenha crescido com a tecnologia, assimilando naturalmente o uso de redes sociais e aplicativos, muitos dos mais velhos — nativos não digitais — encontram dificuldades.
Para aqueles que começaram suas carreiras em uma era pré-internet, a transição para um ambiente digitalizado pode ser complexa. O manuseio de plataformas sociais, a compreensão do que é o algoritmo, de como ele funciona e a adaptação às novas formas de comunicação podem parecer intimidador.
Não há como negar, para esse público, a curva de aprendizado é maior, e a sensação de estar sempre “correndo atrás” é constante.
Além disso, as gerações mais velhas tendem a valorizar a interação pessoal, onde o toque humano, a empatia e a intuição desempenham papeis fundamentais. Pode haver até uma repulsa em compreender e se envolver no mundo virtual.
No ambiente digital, até mesmo as interações são mediadas por algoritmos, que filtram e selecionam quem ou o que vemos, tornando mais difícil construir uma conexão genuína como no mundo físico.
A importância de entender o funcionamento dos Algoritmos
Independente da idade ou da familiaridade com a tecnologia, todos que possuem uma área de atuação profissional precisam saber o que é o algoritmo e compreender minimamente o seu impacto, especialmente nas redes sociais. Isso é um fato, cada vez mais incontestável.
No início do crescimento do impacto da internet no cotidiano, exigia-se que profissionais que atuassem em setores como marketing, vendas, consultoria ou até mesmo educação, precisassem estar cientes de como sua presença digital influencia sua reputação e suas oportunidades de negócios.
Porém, essa bolha explodiu há tempos e, assim, médicos, advogados, engenheiros, fonoaudiólogos e uma infinidade de profissionais que antes aguardavam a chegada de seus clientes em seus escritórios ou consultórios, encontraram na internet uma maneira eficiente de alcançar novos contratos ou mesmo pacientes. Ou seja, a Presença Digital passou a ser algo imprescindível.
Afinal, os algoritmos podem trabalhar ao seu favor. Se bem compreendidos e utilizados, podem amplificar a visibilidade de um negócio ou perfil profissional. No entanto, se ignorados, podem resultar em perda de relevância, deixando o profissional “invisível” em um mundo onde a visibilidade é poder.
Por exemplo, no LinkedIn, um perfil otimizado pode ser mostrado com mais frequência para recrutadores ou potenciais parceiros de negócios, aumentando as chances de oportunidades.
Da mesma forma, o uso estratégico de palavras-chave em postagens pode aumentar o alcance orgânico, fazendo com que o conteúdo se espalhe de forma mais eficiente. Com estratégias de uso você vai estar “conversando” com o algoritmo e fazendo que ele entenda onde deve te levar.
Três ações essenciais para construir uma boa Presença Digital
Para qualquer profissional que deseja construir uma presença digital sólida, seja nativo digital ou não, algumas ações fundamentais são essenciais para garantir que sua reputação online seja tão positiva quanto a sua no mundo físico:
1. Otimize seu perfil nas Redes Sociais
Cada rede social tem seu próprio algoritmo, frequentemente até mais de um, que avalia a relevância do conteúdo com base em diferentes fatores.
A primeira ação é garantir que seu perfil seja otimizado com informações claras, atualizadas e coerentes. Use uma foto profissional, preencha descrições relevantes e destaque suas conquistas e habilidades
Mantenha uma unidade visual e verbal em todas as redes, para facilitar a sua identificação em todos os lugares. Uma dica é usar a mesma de perfil em todas as redes, é simples e vai facilitar que os usuários te reconheçam mais facilmente.
No LinkedIn, por exemplo, um bom resumo e o uso de palavras-chave adequadas ao seu setor podem aumentar significativamente sua visibilidade nas buscas.
2. Produza conteúdo relevante e consistente
Os algoritmos favorecem perfis que são ativos e que produzem conteúdo de interesse da audiência. Por isso, publicar artigos, insights e atualizações relacionados à sua área de atuação demonstra autoridade e conhecimento, e isso atrai a atenção de possíveis clientes e até a admiração de outros profissionais.
É importante ter uma frequência de postagens, pois a consistência ajuda a fortalecer sua presença. Compartilhar conhecimento, comentar em postagens de outros profissionais e interagir nas redes são formas de mostrar sua expertise e se manter no radar de potenciais oportunidades.
3. Gerencie sua reputação digital proativamente
Assim como no mundo físico, sua reputação digital é construída com base nas interações e impressões que você deixa nas redes.
Portanto, é crucial gerenciar sua presença online de forma proativa. Em algumas vezes, você não precisa de volume e sim de consistência, seja nas postagens quanto nas interações.
Monitore como seu nome ou marca aparece em buscas, responda a comentários e interações de forma educada e profissional, e, acima de tudo, evite discussões polêmicas ou que possam manchar sua imagem. Um comportamento digital ético e respeitoso é fundamental para garantir uma reputação sólida e positiva.
Conclusão
Entender o que é o algoritmo e a dinâmica deles nas redes sociais não é apenas uma questão técnica, mas uma habilidade fundamental para o desenvolvimento profissional.
Para os nativos não digitais, pode ser um desafio adicional submerso, inclusive no pensamento de que a “internet ou a rede social é só para aparecer” .
Porém, aqueles que conseguem encontrar uma motivação para enfrentar a curva de aprendizagem destes novos ambientes digitais e percebem que poderão achar seus clientes ideias e crescerem em sua profissão, podem seguir numa jornada prazerosa e necessária para se manter relevante no ambiente profissional.
Construir uma presença digital que espelhe a reputação construída no mundo físico é uma tarefa que exige tempo, cuidado e estratégia.
Porém, ao adotar práticas simples como otimizar perfis, conhecer o que é algoritmo, produzir conteúdo relevante e gerenciar a reputação de forma ativa, você já vai dar um passo importante para garantir uma aparência que reflita seu bom nome tanto no ambiente virtual quanto no presencial.